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terça-feira, 8 de novembro de 2011

De volta às batatas...

A foto de capa do Correio Braziliense de sábado (5/11) é bastante sugestiva. Dilma, Obama e Sarkozy, com cara de muito poucos amigos, pareciam olhar os destroços da reunião do G-20, o clube dos ricos. Discutiram, discutiram, brindaram, brindaram (claro que houve comes-e-bebes!), conversaram, conversaram e não chegaram a lugar algum. O objetivo era arranjar uma solução para a crise que preocupa a Europa e, por tabela, o resto do mundo. Abre parênteses: globalização é isso, o vento que sopra lá pode derrubar casas aqui. Fecha parênteses.
As 20 maiores economias do mundo não se entenderam, o que, no fundo, não deve espantar ninguém. Afinal, quando foi que alguém viu as nações ricas, todas elas, unidas em prol de um ideal comum?
Assim é que, como diziam os antigos, fica tudo como dantes no quartel d’Abrantes: os ricos continuam ricos, os pobres continuam pobres e os paupérrimos continuam morrendo de fome.
E, enquanto os melhores cérebros político-econômicos do mundo buscam uma solução para o Velho Mundo, a turma da arquibancada continua se perguntando quando veremos programas assistenciais, patrocinados pelos ricos, tirarem milhões da miséria. Como acreditar que eles vão estender a mão para o mundo se nem dentro de casa eles conseguem resolver suas desigualdades sociais?
Para os países pobres, esperanças vãs; para o ricos, batatinhas fritas, sequinhas e crocantes.
Como diria Sarkozy, entre uma taça e outra de Verve Cliquot, c’est la vie

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