Páginas

domingo, 8 de abril de 2012

O MAIS NOVO DOS MEDOS



Nomofobia. O que é isso? É mais um dos problemas que a tecnologia traz para os humanos. Uma fobia filha do século XXI. Antes, falava-se em hidrofobia, fotofobia, acrofobia e outras mais estranhas. Mas até o medo evolui e chegou o mais novo dos medos. A palavra é formada a partir do inglês mobile, termo que designa o telefone celular. Assim, nomofobia é o medo de ficar sem o telefone celular. Pode uma coisa dessas?  
Claro que pode! Longe, muito, muito longe vão os dias nos quais  humanidade usava braços, pernas e, principalmente, a cabeça para resolver seus problemas. Em algum momento no passado, o homo sapiens sapiens pensou: “já que eu sou sapiens, porque me desgastar fazendo força, deixemos que a máquina faça por mim. Neste momento, a evolução tecnológica, tal como a temos hoje, começou. Aliás, isso porque não chamamos de avanço tecnológico o processo de construção das pirâmides (Egito e América do Sul), de obras como o Farol de Alexandria, ou o Colosso de Rodes, ou o Taj Mahal. Verdadeiras obras-primas do engenho humano, milagres da engenharia, considerando os recursos disponíveis à época.
Mas prevaleceu, ao longo do tempo, a lei do menor esforço, e ninguém se imagina, hoje, empregando a força física se há algo para fazê-lo em nosso lugar.
E o resultado é o que temos hoje: um mundo tornado micro graças as maravilhas das tecnologias da informação: os computadores, com todos os seus agregados, a praticidade dos celulares, que só faltam falar por nós, além das mil e umas miudezas eletrônicas que povoam nosso cotidiano e às quais não mais damos atenção. Por exemplo, os cartões de crédito e débito, que usamos sem nem pensar na tecnologia que está por trás deles.
Deste modo, não é de estranhar que as quinquilharias eletrônicas tenham dominado o ser humano, escravizando-o, tornando-o viciado incurável – pelo menos a maioria – aos confortos da era das TIs. Sim, porque aqueles que resistem aos apelos da tecnologia são considerados, na melhor das hipóteses, excêntricos ou, mais popularmente, doidos, atrasados, pirados, fora-do-mundo, etc.
Assim não espanta o mais novo dos medos, como não espanta sabermos de pessoas que não vivem sem as maravilhosas quinquilharias criadas pelo avanço tecnológico? Como viver sem o computador, em especial o notebook? O IPad? O IPhone? E há muita coisa a caminho...
Qual o destino do homo sapiens sapiens? Não sei, mas não me parece dos mais movimentados. Estamos vivendo a era do sedentarismo e, ao que parece, a humanidade ficará cada vez mais tempo sentada, controles remotos na mão (da TV, do DVD, da luz da sala, do portão. do micro-ondas e mais o que houver). O destino: a obesidade em nome das maravilhas tecnológicas.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

CONFLITO DE GERAÇÕES

Falando sobre conflitos de gerações, o médico inglês Ronald Gibson começou uma conferência citando quatro frases:

"Nossa juventude adora o luxo, é mal-educada, caçoa da autoridade e não tem o menor respeito pelos mais velhos. Nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quando uma pessoa idosa entra, respondem a seus pais e são simplesmente maus."

"Não tenho mais nenhuma esperança no futuro do nosso país se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque essa juventude é insuportável, desenfreada, simplesmente horrível."

"Nosso mundo atingiu seu ponto crítico. Os filhos não ouvem mais seus pais. O fim do mundo não pode estar muito longe."

"Essa juventude está estragada até o fundo do coração. Os jovens são malfeitores e preguiçosos. Eles jamais serão como a juventude de antigamente. A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa cultura."

Após ter lido as quatro citações, ficou muito satisfeito com a aprovação que os espectadores davam às frases.

Então, revelou a origem delas:

A primeira é de Sócrates (470-399 a.C.)
A segunda é de Hesíodo (720 a.C.)
A terceira é de um sacerdote do ano 2000 a.C.
E a quarta estava escrita em um vaso de argila descoberto nas ruínas da Babilônia (atual Bagdá) e tem mais de 4.000 anos de existência.

É como se lê no Eclesiastes: não há nada de novo sob o sol.